Como funciona o WEC? O campeonato mundial de Endurance que começa no Catar em fevereiro
- Bianca Emisa
- 26 de jan.
- 3 min de leitura
Com oito etapas e treze montadoras envolvidas, a temporada 2025 do Mundial de Endurance reúne tradição, inovação e o prestígio da lendária Le Mans em uma competição global

Você provavelmente já ouviu falar das 24 Horas de Le Mans, a mais tradicional e reverenciada prova do automobilismo mundial. Mas o que muitos não sabem é que essa corrida faz parte de algo ainda maior: o FIA World Endurance Championship (WEC), o Campeonato Mundial de Endurance, uma das categorias de elite do esporte a motor. Em 2025, o WEC inicia sua temporada no dia 26 de fevereiro, no Catar, com uma competição que envolve nada menos que 13 fabricantes de automóveis e 36 carros divididos em duas categorias principais: Hypercar e LMGT3.
Criado em 2012, o WEC representa o auge das corridas de longa duração, com provas que variam entre 6 e 24 horas, e isso não é força de expressão. Em um grid repleto de tradição e tecnologia de ponta, grandes montadoras como Ferrari, Porsche, Toyota, BMW, Mercedes-AMG, Cadillac, Aston Martin, Ford e outras colocam seus protótipos e carros GT à prova em pistas desafiadoras espalhadas por diferentes continentes.
O formato do campeonato é simples de entender, mas complexo na execução. São oito etapas distribuídas entre Europa, Ásia, América do Norte, América do Sul e Oriente Médio, com corridas passando por locais icônicos como Spa-Francorchamps, Fuji, Interlagos e o Circuito das Américas. A principal delas acontece na França: a mítica Le Mans. Cada prova é um verdadeiro teste de resistência para máquinas, engenheiros e pilotos — estes últimos entre os melhores do planeta, com passagens pela Fórmula 1, IndyCar e outras categorias de elite.
A classe principal, Hypercar, reúne protótipos de alto desempenho criados com liberdade de projeto, mas dentro de um regulamento que busca equilibrar custos e performance. Em 2024, seis equipes diferentes venceram corridas, e tudo indica que 2025 será ainda mais disputado. Já a LMGT3, que substituiu a antiga LMGTE, é composta por carros derivados de modelos de rua, com ajustes técnicos específicos para o WEC. Essa categoria tem foco em equipes privadas, com formações Pro-Am que misturam jovens talentos e pilotos experientes, os chamados gentlemen drivers.
O calendário de 2025 inclui corridas no Catar, Itália, Bélgica, Brasil, Estados Unidos, Japão, Bahrein e, claro, a França com as 24 Horas de Le Mans, considerada a grande joia do campeonato. Mas engana-se quem pensa que Le Mans é uma competição isolada. Além de contar pontos para o campeonato, é lá que se concentram as maiores expectativas de fabricantes e fãs, em uma batalha que coloca tradição, inovação e paixão lado a lado por um dia inteiro de corrida.
O WEC também oferece três títulos principais: o Mundial de Pilotos e o Mundial de Construtores na classe Hypercar, além da Copa do Mundo para equipes privadas. Na LMGT3, há troféus específicos para pilotos e equipes, além do Goodyear Wingfoot Award, que premia o piloto com a melhor média de voltas rápidas durante as provas.

Assim como na Fórmula 1, o fim de semana de corrida inclui sessões de treinos livres e classificação. O diferencial fica por conta da Hyperpole, uma disputa de 10 minutos entre os 10 carros mais rápidos, que define a pole position. A emoção começa na largada e só termina com a bandeira quadriculada, horas depois, em corridas que misturam estratégia, resistência, velocidade e imprevisibilidade.
Se você procura uma categoria com ação de ponta a ponta, tecnologia de altíssimo nível, corridas históricas e uma disputa feroz entre os maiores nomes da indústria automotiva, o Mundial de Endurance é o lugar certo. E a temporada 2025 promete ser uma das mais emocionantes de todos os tempos, acompanhe nas redes sociais da Paddock!
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